TRIBUTO DE AMOR

Vamos! Pode zombar de mim!

Faça pouco caso

Das minhas dores,

Não tenha medo!

Pois essas mãos crispadas

Em dores atrozes

Jamais irão erguer-se

Contra aquela que um dia

Por ela foi acariciada.

O que você esta esperando?

Provoque-me mais dor!

Apodere-se daquelas hastes;

Cujas corolas desfolhadas

Ostentaram rosas perfumadas

A seus pés depositadas

Como tributo do meu amor,

E bata no meu rosto.

A sorte mudou,

Ela sempre muda!

Não nego essa verdade.

Agora a brisa noturna

Que nos acariciava o corpo,

Adormecido em orgias,

Na beira da praia,

Arrepia minha alma

Nos gélidos ventos

De um inclemente inverno.

Nada mais me importa agora,

Mas tenha cuidado!

Pois com os mesmos espinhos

Com os quais me torturas agora

Haverão de torturar-te um dia.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 19/06/2011
Código do texto: T3044048