“DESAMAR”

“Eu desamo”… certo…?

Eu queria, liricamente, pedir

Uma licença poética

Ou seria patética...?

Para derradeiramente

Conjugar o verbo

Que me tortura

Me mata

Me dá tontura

E não adianta,

Não tem cura!

Sim, aquele...

O verbo amar!

Em sua mais doce mistura

Dor e prazer...

Deus, o que fazer...?

Juro, eu queria bater no peito

Como um bêbado louco

E berrar:

“A partir de hoje

Eu desamo!

E juro por tudo

Que me é mais sagrado:

Nunca, nunca mais

Esse verbo viciante

Irei conjugar”!