SOLIDÃO

Meus versos choram,

a mulher que fora embora,

através daquela porta,

que nunca mais abri.

Foram tempos de soluços

que em meus lábios,

ainda se debruça

a doçura dos teus beijos,

que tanto pedi.

Constelações de sonhos

que se apagaram no brilhar do sol,

quando, à volta do arrebol,

tiraram os teus lençóis,

e te levastes de mim.

E, aqui,

fico a contar estrelas,

imaginando-te alí, tão bela,

em teu vestido lindo de cetim.

Nos castelos adornados

dos meus sonhos,

entre os labirintos d'alma,

cada palma que se abria

ao meu corpo, a me afagar

qual deslizes de retinas

que em ti, se descortinam

para poder me contemplar.

Sinto e canto o teu pranto,

pois hoje,

não sou mais o que planto,

sou semente a adubar.

Olho ao céu do teu sorriso,

imagino em ti, tal paraíso...

Venha depressa me regar

com teu amor grandioso

de sentidos valorosos,

para poder me fascinar.

Entre os dias que conto,

apenas a gota que se esconde,

é a lágrima em meu olhar.

que se perde na lembrança,

e, que reluz em tua aliança

como o luzir do sol,

no teu saudoso matinar.

*

Vem Andar Comigo - Jota Quest

http://www.youtube.com/watch?v=ZEgs_oQOV5k&feature=related

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Giovanni Pelluzzi

São João Del Rei, 18 de junho de 2011.

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 18/06/2011
Reeditado em 01/08/2012
Código do texto: T3042293
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