PARADOXO
Quero a paixão, e também a doçura.
Quero o palavrão, e a palavra pura.
Quero ser a esposa, e também a outra.
Ser a amiga sensata, e também a louca.
Quero o beijo casto e o beijo devasso.
Quero da mão o afago e o bofetão
Da língua, o amargo e o melaço
Ah! Eu quero tripas e coração.
Quero ser anjo, mas também ave de rapina.
O caminho seguro e o penhasco da perdição.
Quero, enfim, ser a harmonia que desafina
Em sinceras juras de amor e de maldição.
Pois a vida é um paradoxo
De vida-morte, dor-prazer
De que vale o ortodoxo?
Nos opostos está o equilíbrio do ser.
Guarujá, 10/11/2010
Quero a paixão, e também a doçura.
Quero o palavrão, e a palavra pura.
Quero ser a esposa, e também a outra.
Ser a amiga sensata, e também a louca.
Quero o beijo casto e o beijo devasso.
Quero da mão o afago e o bofetão
Da língua, o amargo e o melaço
Ah! Eu quero tripas e coração.
Quero ser anjo, mas também ave de rapina.
O caminho seguro e o penhasco da perdição.
Quero, enfim, ser a harmonia que desafina
Em sinceras juras de amor e de maldição.
Pois a vida é um paradoxo
De vida-morte, dor-prazer
De que vale o ortodoxo?
Nos opostos está o equilíbrio do ser.
Guarujá, 10/11/2010