AMOR BIPOLAR
Teus olhos plenos me entram pelo pulmão
Num vestígio de contemporaneidade.
Se revela uma causa ( a dor de haver sentido )
Eu me calo diante de tuas incertezas.
Teus olhos tateantes, de extrema ternura,
São macios como o sol da tarde.
E de repente são noites em que o quarto estremece,
Vazios,feito um sopro no coração.
Teus olhos são íons a vagar
Dois polos diferentes
Quando neles antevejo
O toque, a fúria, a calma.
Teus olhos são estertores
De amor,
São tonturas e vertigens...
Teus olhos de paixão virgem.