NÃO EXISTE ADEUS

Não existe adeus, quando,
impregnado em mim,
fica o teu cheiro de céu.

Não existe adeus, enquanto
ponho os meus lábios
na tessitura do teu mel.

Reviro os álbuns,
beijo fotografias.
Teu rosto em preto-e-branco,
oitava maravilha.

Não existe adeus.
Logo voltarás
para reiniciar meu resgate.

E, no caminho que sigo,
vejo o teu rosto luzidio
por toda parte.

Não existe adeus.
Existe apenas o momento
em que deixas meus olhos
verem outros movimentos.