MÁRCIA-HELENA CRESPA (i)
MÁRCIA-HELENA CRESPA (I)
Crespa Márcia - Helena
Encaracolada nova moça
Sorridente quando pequena
Tenho saudades... Ouça!
Minha crespa, mecenas
Vejo-te tão distante
Esguia e elegante perdiz
Tu és um sonho flutuante
Meu coração é quem diz
Sinto-te com os ventos
Ululando em minha janela
É tu minha flor-de-lis?
Será mesmo ela?
Que veio de longe do poente
No dorso alado e etéreo
Amazona crespa fielmente
Montada no zéfiro quente
Ó vento!
Venha me dizer
Como vai ela
Não agüento
Sem ela
Não sei o que fazer
Sou um poeta louquinho
Que roga aos céus e aos santos
Pra cobrir com os seus mantos
Os seus sagrados caminhos
Do teu poeta crespo
Com um beijo de mansinho
Eráclito Alírio