MÁRCIA-HELENA CRESPA (i)

MÁRCIA-HELENA CRESPA (I)

Crespa Márcia - Helena

Encaracolada nova moça

Sorridente quando pequena

Tenho saudades... Ouça!

Minha crespa, mecenas

Vejo-te tão distante

Esguia e elegante perdiz

Tu és um sonho flutuante

Meu coração é quem diz

Sinto-te com os ventos

Ululando em minha janela

É tu minha flor-de-lis?

Será mesmo ela?

Que veio de longe do poente

No dorso alado e etéreo

Amazona crespa fielmente

Montada no zéfiro quente

Ó vento!

Venha me dizer

Como vai ela

Não agüento

Sem ela

Não sei o que fazer

Sou um poeta louquinho

Que roga aos céus e aos santos

Pra cobrir com os seus mantos

Os seus sagrados caminhos

Do teu poeta crespo

Com um beijo de mansinho

Eráclito Alírio

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 28/11/2006
Código do texto: T303718