AMOR E VAIDADE

Você me emudece

Em umidade me enlouquece

Em tuas mãos me faz crescer

Eu teus lábios repartidos

Faz-me elastecer...

Eu tuas mãos sou colo no alvorecer

Sou o teu amanhecer que te faz arrefecer

O teu ávido anoitecer me inebria

Depois que faltam todos os nossos alicerces

Inexistem o que em preces expias!

Precisamos nos cuidar diante dos reveses

Atravessar as pontes suicidas das noites frias

Atravessar as pontes enegrecidas

Que destroem as reses da madrugada

Com seus comboios de féretros

Passam descolando suas couraças

Que se entregam no momento fúnebre da degola

É sempre ela preparando estrumes fora de hora

De sua cinza morbidez sem aquarela e sem perfume

Um dia morte te, usarão como tu usas os demais

Há de ter uma razão na imortalidade do que não jaz

Verás que as estrelas não morrem jamais...

Assim como o amor que de todas as cartas

É o ás escondido na manga e um dia quando pagares

Pra ver não existirás mais... É o pôquer que virou

Dos velhos ancestrais!!!

Os separastes de corpos

Mas de almas unidas e fluídas nunca mais os verás!

Tua sina é nunca terminar o trabalho

Que nunca terminais

És uma eterna passageira

Dos mundos infernais...

O verdadeiro amor vence SEMPRE!