Trinta e um dias de amor (Dia quatorze)
“Dia quatorze”
Chego da viagem, cansado
Quatorze dias de jornada
Vim relembrando meu passado
Numa ilusão inventada
Vi flores invisíveis
Senti perfume sem odor
Em meus sentidos mais sensíveis
Senti alivio quando havia dor
Iluminado pela madrugada
Deslumbrei- me com o brilho da escuridão
Retirei a espada encravada
Nas artérias do meu coração
E agora em profundo sono
A solidão me atinge
Tão perdido no abandono
Nem vejo chegar o dia quinze