Eu, você e a poesia

Não me darei por vencido...

Buscarei forças infindas,

Até que possa sentir-lhes os lábios.

Desfraldar-lhe-ei seu mundo...

Tocar-lhe-ei suas vestes...

Apreciar-lhe-ei sua pele...

Depois a imaginar um casebre

Onde tudo se possa sonhar.

E nesse misto de sonhos e desejos,

Dar-lhe-ei meu endereço,

Pra quem sabe num contexto

Ter-lhe-ei no meu texto

Do qual não se possa jamais apagar.

(Nelson Rodrigues de Barros)