VOLTANDO PARA TI

      
 Céu nublado. Saudade de ti.
       Coração solitário e amargurado.
       De repente as nuvens se dissipam
       e lembro a noite triste em que parti
       deixando meus sonhos de lado,
       em busca do que ilusões prometiam.

       Ah, juventude cheia de devaneios
       que não mede nenhuma consequência,
       movida por impulsos e emoções,
       surda à qualquer voz da experiência,
       inclusive a voz dos próprios corações.

       Com o tempo, o nosso pensamento
       vai clareando como o próprio ar
       e como, do barco, se avista o cais,
       as ilusões, levadas pelo vento,
       permitem ver que nasci para te amar
       e paixão assim não haverá jamais.

       Vou percebendo, com mais experiência
       que não nasci para viver sozinho
       e devo lutar com toda força e emoção,
       para que tu também tenhas ciência
       que estou te guardando todo meu carinho,
       meus poemas, minha vida e meu coração.

       Agora, voltando pra ti, minha musa,
       espero que, em tua vida, haja espaços
       para este amante louco e inconsequente,
       liberto da própria mente confusa,
       se entregue, feliz, em teus braços,
       para ser teu, somente teu, eternamente.

                           SP - 14/06/11


   

Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 14/06/2011
Reeditado em 15/06/2011
Código do texto: T3034601
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