O andarilho
Na calada da noite
Sem rumo, ao relento.
Segue o andarilho
Tropeças em pedras
Mumuras errantes
Corta-lhe a mão a lata vazia,
Chora a dor com o silêncio
Caminha na noite
No mau cheiro de suas veste, pousa a mariposa.
E o andarilho sopra-lhe um bafo amargo.
A lua às vezes te acompanha
Às vezes te abandona
E assim vai ele
Sem lar, sem riso, sem lida.
Sem rumo, sem nada.
Na triste aparência mostrada
Esconde um sonho, abafa um choro.
Lembrando da amada.