Rara

Ao perder um falso diamante,

Uma jóia rara encontrei.

Preciosa, verdadeira,

A mais bela que já vi.

Quão intenso era seu brilho

Sem demora, encantei-me.

Quero esse tesouro que não me pertence

Quero ele pra mim

Pedra, ofuscaste meus olhos

A todo custo, aceitei

Mesmo que lhe custe um amigo?

Paixão, desejo que cega

Amor, arranca-me os olhos

Sim, mesmo que não haja perdão

Tocar na bela pedra alheia

Me sinto a beira da loucura

Custe o que custar

Tocar e devolver, tocar e devolver

E assim segue a preciosidade

Hora minha, horas não

Mais de amigo do que minha

Mais de tudo que de mim

Seu brilho ilumina minha alma

Sua presença me acalma

O que há dentro dela me atrai

Desejo inscessante,

Vontade crescente

Fortaleza de sentimento

Diamante que nada

Essa pedra não tem nome

Nem nome, nem endereço,

nem idade, nem preço

Essa pedra está escondida

Hora lhe encontro, hora perdida

Essa pedra, ah, que mais ninguém a encontre

Está bem guardada

Senão rasgam-me o peito à buscá-la.

Luisa Porto
Enviado por Luisa Porto em 13/06/2011
Reeditado em 14/06/2011
Código do texto: T3033093
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