AMOR NO DIA DOS

NAMORADOS


Ela estava se achando feia no Dia

dos Namorados,

e eu não podia compreender essa

sua decisão

de se julgar assim, já que o tempo

não lhe

fora assim tão inclemente.


Os sonhos que lhe poderiam trazer

alguma alegria,

agora estavam imersos numa

montanha de realidade...

e só as outras lhe pareciam mais

lindas e bonitas.


O real estava lhe fazendo mal...

e desaparecendo com seus sonhos,

e a descrença

de um dia sentir-se mais e mais feliz,

porque todos

os seus sentidos estavam em baixa.


Seu príncipe não era aquele cavaleiro

em seu cavalo branco e reluzente.

Ela não acreditava

mais em super cavaleiros,

mas acreditava num cavalheiro

que lhe trouxesse um beijo real.


Aquele que selaria para ela a força

de seu amor,

e de todos os seus anseios de uma

vida carinhosa,

onde no estender da mão, ali estaria

seu homem...

real...disponível... para as artes todas

do amor maior.


Minha mão de sonho...ela nao
queria
mais...pois

se cansara do irrealismo...

essa falta do calor...essa falta da

carne na carne...

daquele cheiro no cheiro...

dos agarrares,

dos relares nas noites quietas

e madrugadoras !



Mas mesmo assim...mesmo neste

grande sonho de amor...

eu lhe estendi a mão...que

percorrendo as distâncias

pôde mostrar que o

Dia dos Namorados também

era um sonho.


E ela brincando me disse: vem

meu amante louco...

vem meu namorado das tardias

noites.


Você está aqui sim...mesmo que

eu nao possa pular

em cima de você e fazer tudo o

que você e eu gostaríamos.


Amor...

feliz Dia dos Namorados...

mesmo longe eu te amo...

meu amante e namorado...

nunca eu vou te esquecer...


Então ela fechou os olhos da

realidade...

e se foi comigo...de novo...

para as nossas viagens cheias

de sonhos...muitos sonhos...

tão reais...tão reais...

como nunca antes tinham sido...