Rosas e Champanhe

 
Chuva fina ao anoitecer
O frio  batendo na porta
De surpresa você chegou
Trazendo uma dúzia de rosas
 
Lindas na cor champanhe
Com pedido de namoro
Juras de amor eterno
Em plena noite de inverno
 
Não sei se  é sorte ou azar
Completar aniversário
Um dia antes da data
Reservada aos apaixonados
 
Mais de três décadas passadas
Hoje não resta mais nada
Mais as rosas perfumadas
Estas serão eternas
 
Em um  pedestal de ouro
Colocou-me sem pedir
Juravas amor eterno
Que há pouco vi sucumbir
 
Lindas rosas perfumadas
Duas taças de champanhe
Passeiam sem pressa na mente
Descortinando o passado
 
Um dia sem nada dizer
Fizestes a viagem sem volta
Em busca de outros braços
Encontrastes teu regaço
 
Rosas banhadas de lágrimas
Champanhe com gosto de adeus
Subtraídos os desejos
Apagados todos os sonhos
 
Juntados os cacos da vida
Construído fino mosaico
Colado com esperança
Amor  próprio e confiança
 
Hoje as rosas perfumadas
Do amor que um dia existiu
Têm o nome de saudade
Jamais serão realidade
 
(Ana Stoppa)

Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 12/06/2011
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