Há momento em que se agarra ao vento

Oh...

Emoção.

Valoroso vento.

É a vida-disseminação

Do aéreo sagrado rebento.

Vida advinda do firmamento.

Quando vem o contratempo

E se encontra ao relento

Aí bate o desespero

Do destempero

Violento.

Oh...

Lento

Lamento

De sofrimento.

Às vezes vem à paixão

A trucidar o amargo coração

Encharcado da dor da emulação

E a disputar o amor mais louco

Enxertado de muito pouco

Valor e de mera ilusão.

Eis as vidas mecenas

Será que vale a pena

Apenar-se dessa pena?

Amar é barganhar o amor.

Tal qual o lindo vaso a hospedar

O aconchego de uma perfumosa flor.

É troca singela de um jasmim à açucena.

Amar não é somente matar os desejos

Carnais, é muito mais, é ser parceiro

É ser gente igualmente diferente

Ao entregar-se internamente.

É ser sentimental valente.

É chorar com abrolhos,

É rir com os dentes.

De qualquer maneira sendo ou não a minha parceira

Ama-lá-ei eternamente contente na luz ou na cegueira.

Assim é o amor.

O Clarim da Paz

jbcampos
Enviado por jbcampos em 10/06/2011
Código do texto: T3026563
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