Há momento em que se agarra ao vento
Oh...
Emoção.
Valoroso vento.
É a vida-disseminação
Do aéreo sagrado rebento.
Vida advinda do firmamento.
Quando vem o contratempo
E se encontra ao relento
Aí bate o desespero
Do destempero
Violento.
Oh...
Lento
Lamento
De sofrimento.
Às vezes vem à paixão
A trucidar o amargo coração
Encharcado da dor da emulação
E a disputar o amor mais louco
Enxertado de muito pouco
Valor e de mera ilusão.
Eis as vidas mecenas
Será que vale a pena
Apenar-se dessa pena?
Amar é barganhar o amor.
Tal qual o lindo vaso a hospedar
O aconchego de uma perfumosa flor.
É troca singela de um jasmim à açucena.
Amar não é somente matar os desejos
Carnais, é muito mais, é ser parceiro
É ser gente igualmente diferente
Ao entregar-se internamente.
É ser sentimental valente.
É chorar com abrolhos,
É rir com os dentes.
De qualquer maneira sendo ou não a minha parceira
Ama-lá-ei eternamente contente na luz ou na cegueira.
Assim é o amor.
O Clarim da Paz