QUANDO EU TE OLHO.
Quão bonitos são os teus olhos!
Debaixo dessas pretas sobrancelhas.
Lindos, infindáveis a me fitar.
Quão bonitos são os teus pequenos lábios!
Dois semi parênteses de silvestres pitangas.
E os teus dentes: são de brancas miçangas,
Intermitentes e insistentes a brilhar.
E o teu sorriso mais do que puro,
Já vistos por esse pai andante.
Que se alimenta da tua saudosa sombra.
Simplesmente minha menina, eu te juro!
Que foi só um pouquinho, apenas um instante,
O teu sorriso inocente mais que singelo,
Escondendo mil e um desejos e mistérios.
Quero eu minha menina, e assim espero,
Que tu sorrias por toda a vida doravante.
Eráclito Alírio