PLANTA ÚLTIMA E DERRADEIRA.
Para a minha Joesa.
Tu és planta linda, a última e derradeira.
De súbito amadurecida silente em meu coração,
Entretanto, entre todas, tu és a real e a primeira.
Deveras nascida e crescida com muito amor.
Foram cinco anos de bondosa e obstinada cultura.
Cuidados extremos eu penso te dedicava.
Brotando dentro de mim aos poucos amorosa,
Feito filha minha, Joesa, crespa adorada.
Percorro em silêncio nas tuas artérias,
É o rio invisível e inextinguível que herdaste,
E que te navegará, levando-me por toda a tua vida.
Dessa forma, tu me possuis e eu te possuo.
Tu és sangue do meu sangue espargindo a vida.
Fruto de um amor que com pesar foi só meu.
Amo-te minha menina linda, morena graciosa.
Para aonde o inevitável destino me levar,
Levarei comigo, de pronto, as tuas feições.
Com saudades e lembranças que nunca findarão.
Meu amor é só teu somente teu,
E os teus pequenos passos, eu vou seguir sempre.
Assim queira o bondoso e inominável DEUS.
Eráclito Alírio