O SILÊNCIO DO AMOR
Amo
Profundamente
Platonicamente
SILÊNCIO
Por amar assim
Não sou compreendido
Desejo e ninguém sabe.
FERIMENTO.
Que amor é este?
Sinto e não posso externar
Que sentimento é este?
Em vez de prazer, dor.
Sou anjo sem asa
OU
Demônio humano.
O poeta cantou:
“o amor é o sumo da vida”.
Vivo, então.
Amo silenciosamente.
Um vivo-morto por não poder externar o sumo.
Ah, doce sentimento no coração dos outros!
Em mim não é mel, é fel.
Resta a caixa de Pandora
ESPERANÇA
Um dia meu amor se mostrará
No toque,
Na palavra declarada,
No olhar que o traduzirá.
E não mais esta língua estranha.
L.L. Bcena, 27/09/1999
POEMA 146 – CADERNO: O DESABROCHAR DA VIDA.