PROMESSAS DE SONHOS
A culpa é tua!
E não adianta sorrir-me
Em promessas de sonhos,
Pois já não creio mais na sorte,
És tu a culpada
Do meu coração bater forte
Em gélidos arrepios;
Prenúncios de morte.
Meus joelhos curvam-se
Por já não suportarem
O peso do próprio corpo,
E a face não se atreve
A olhar o próprio céu;
De lá vem o vento
Que me corta a pele.
Se, sou agora
Este horrendo espectro
A infundir pavor,
És tu a culpada!
Mas ah! Preste atenção!
E verás teu futuro refletido
Nos meus sombrios olhos.
As belas flores,
Com as quais enfeitei
Os caminhos que juntos pisamos,
Vão murchar esquecidas,
Mas os espinhos!
Hão de vingar-me um dia.