RISCO DE SOLIDÃO

A dor resseca a alma

amor perdido

risco de solidão no colchão

vazio

berço macio à união

a alimentar o aconchego

corpos unos

no fervor lúdico da paixão.

O coração sofre, desejo sem

nome

com o silêncio insone da

amada, coração frio

mas aguenta em prece

o estio

certo que ela despertará

com a melodia da canção

e aguarda, como a planta

a água

para poder florescer

a aquentar as mãos

e fazer morada no colchão

na chegada do entardecer

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 09/06/2011
Reeditado em 09/06/2011
Código do texto: T3023088