PONTO CERTEIRO...


Pronto!
Acabou...
Fui só um ponto
que findou.

Esperei o futuro
que em dois pontos
não chegou.

Nas vírgulas,
a incerteza.
Entre parênteses,
a surpresa.

Então as reticências
revelam negligências.
Abro aspas para a emoção
que percebe a conotação
do silente som.

O coração exclama,
se alastra qual chama
e, quer saber o porquê.

Não há tempo
para explicação.
Dissolvem-se os sonhos
em pontos de interrogação.

O que restou?
Um ponto final,
certeiro e fatal...

2006




Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 26/11/2006
Reeditado em 28/10/2009
Código do texto: T302271