PLENITUDE

 
Ao ultrapassar as fronteiras
dos seus braços,
abraços me enlaçam
fazendo-me prisioneira.
Nossos olhos se atraem qual imã,
na mais intensa magia.
A pele exala o aroma da paixão,
palavras perdem-se
em bocas que se buscam
e loucas, unem-se numa gula insana,
afogueando o tecido da matéria
que grita e se agita
em nuances tórridas de sedução.
Essa é a minha sina,
um sentimento além de mim,
amor que não termina
e sempre fascina...
Um ardor que queima a alma
e só se acalma,
quando ao meu lado se deita,
reside em meu corpo
assim de mansinho,
sem pressa, nem tempo,
fazendo dele sua morada ou templo.
Com carinhos e malícias,
somos um...
Na mistura dessa indelével essência,
no aroma da vida que se une
conheço toda sua plenitude.
Os sonhos bordam alquimias,
cantam os rouxinóis
e em plena noite enluarada,
florescem girassóis...
 
 
2007

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 26/11/2006
Reeditado em 27/10/2009
Código do texto: T302245