Inverno!
Não toca me com as tuas mãos tão frias
Não olha me com esse teu olhar tão inerte
Pois já me bastam os invernos
O vento sombrio que sopra nas madrugadas
Nada diga
Guarda as tuas tempestades
Tuas rajadas
Por hora não quero nem o teu sol
Fica onde estás
Não te movas até que as minhas flores cheguem
Até que minha primavera desabroche
E eu possa então amar os teus brotos