EU ADMITO QUE TE AMO

Não há razão alguma para fugir das evidências

A confissão das aparências fala mais alto que a ilusão de lhes negar

Basta-me te olhar e um brilho passa a demonstrar a minha preferência

E ao confirmar-se tua ausência pra que esse brilho decida se apagar!

Como seguir outra cadência, se os ritmos cardíacos dançam por ti?

Não há como diminuir essa vontade corrosiva que te busca

A febre que chamusca indica o mal que pro meu bem adoeci

E a tua imagem que não sei fazer sumir, nunca esmaece, jamais ofusca!

Se todas as flores que avisto eu fortemente almejo oferecer-te

Se vivo nesse eterno flerte com íntimas aspirações deflagradas

Como manter amordaçadas as reivindicações da minha sede?

Se nem preciso ver-te para seguir-te as passadas!

Melhor deixar de lado a covardia de um silêncio tão infrutuoso

Tão óbvio sintoma amoroso já se mostrou meu porta-voz

Quisera um dia a sós te declarar meu grito mais silencioso

E obter o feito mais glorioso: deixar de ser apenas "eu" para ser "nós"!

*****************************************************

Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

www.reinaldoribeiro.net

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 08/06/2011
Reeditado em 25/09/2013
Código do texto: T3021342
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.