SUSPIROS AVERMELHADOS

Eu tenho tantas lembranças!

São elas como espinhos pontiagudos

Lacerando as feridas abertas

Por sua dolorida ausência,

Suspiros avermelhados ao por do sol,

Arrepios embriagados na madrugada...

Soluços solitários em nossa cama!

Entre uma dose de bebida amarga

E o sangue vermelho do vinho tinto

Tento disfarçar meu desespero,

Mas... Existem coisas...

Que a jente nunca esquece!

Ficam dentro do corpo

Como doença ruim

E vão machucando a alma

Pouco a pouco.

Na solidão de um quarto escuro

Tento esconder-me entre as cobertas,

Por favor, não me acordem!

Deixem que esse corpo cansado

Descanse em paz.

Talvez durante o sono

Ela venha em sonhos me visitar

E eu possa então sonhar

Que aquele terrível adeus

É apenas o fantasma

De um terrível pesadelo.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 08/06/2011
Código do texto: T3021127