SUSPIROS AVERMELHADOS
Eu tenho tantas lembranças!
São elas como espinhos pontiagudos
Lacerando as feridas abertas
Por sua dolorida ausência,
Suspiros avermelhados ao por do sol,
Arrepios embriagados na madrugada...
Soluços solitários em nossa cama!
Entre uma dose de bebida amarga
E o sangue vermelho do vinho tinto
Tento disfarçar meu desespero,
Mas... Existem coisas...
Que a jente nunca esquece!
Ficam dentro do corpo
Como doença ruim
E vão machucando a alma
Pouco a pouco.
Na solidão de um quarto escuro
Tento esconder-me entre as cobertas,
Por favor, não me acordem!
Deixem que esse corpo cansado
Descanse em paz.
Talvez durante o sono
Ela venha em sonhos me visitar
E eu possa então sonhar
Que aquele terrível adeus
É apenas o fantasma
De um terrível pesadelo.