Poemas...

Vou sulcando a tez da folha
com o premer da pena,
imprimindo minh'alma,
a exprimir sentimentos...
Vou sulcando a terra branca,
e com as pontas dos dedos
vou semendo poemas...
E o que nascer daí,
sentimento, pensamento, incertezas,
será apenas o corpo da planta,
que os olhares alheios,
farão crescer ou morrer!
Meus poemas in branco
vão sendo refletidos
pelos olhares d'outros,
e assumindo outras cores...
E se tingirem-se de rubra cor,
será d'outros corações,
d'outras mentes,
d'outros sentires,
d'outra saudade de amor!
Se refletirem o sol n'outras paragens,
meus poemas in branco leito,
serão espelhos para outras almas,
e para as luzes em seu seio...
E assim vão se tocando almas,
amores escondidos em outros peitos,
as lágrimas em outros olhos,
que tem em comum uma só nascente...
Sentimentos!

Edvaldo Rosa
26/11/2006
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