O pródigo
Criança,
Maça verde
Mas quase madura.
Seios de cereja,
Pele de pêssego;
Branca, tal o céu da manhã.
Os cabelos, queda d'água,
Água rubra,
Cinza acesa, durante a chama.
Par de bolhas do oceano
Ascendem; azul marinho
e claro.
Cor de sangue,
Ainda quente,
Morto a pouco – Os lábios.
Sopro do monge
Fluindo na flauta,
Louvando o horizonte... A voz.
Anjos nas liras
Ao coral das ninfas:
O canto.
Gotas de chuva
Depois do mormaço,
O toque.
Interna utopia,
Lanceio da morte,
Teu beijo.
Sai! Mau, sai de mim!
Sai e volta pra ela;
Tome a poupa do fruto,
O suco da terra fértil;
Sai de mim, Mau,
Sai de mim pelo sêmen pródigo.