O BEIJO
Antídoto beijo sublime com dom,
Degustado nas bocas divinas,
Suavizou o puro vinho rascante,
Rasgando uma sã ideologia.
Pernas roçavam os vales carnudos,
Na mão que o límpido riacho fluía,
Atrás a montanha sagrava
Um corpo meigo sentia.
A dúvida tornou-se constante
Diante da bela adormecida,
A mão perdida deslizava,
A outra achava a vida.
Restando apenas aguardar
De quem acordada dormia,
No sono profundo meditava
Desejando ser atendida:
No toque, no beijo e na fala,
No riacho do vale seguida,
Outro momento acordada,
Do sonho retribuir-me.
#euclides033e