Ele
Ele
Que veio revoando com a calma das gaivotas
em manhã de calmaria no mar ...
Quase sem as asas movimentar
encontrando-me placidamente deitada
em meu destino.
Ele,
Que soube pousar no penhasco
e ali ficar, calmamente
escutando minhas lágrimas
Sem nada falar,
Ele,
Que de tão terno nem parece carinho
Parece mais uma gota de orvalho a umedecer
Minha alma.
Ele,
Que de tão amigo, nem parece outro
Mas eu mesma em espelho
Ele,
Que adormece em meus braços como criança
E acorda sorrindo !
" Só por estar "
Ele,
que é mais, muito mais
Que sonhei
Ele,
Que me relembra os caminhos
de flores ou espinhos
os quais não seguirei mais sozinha !
.. .Que me abraça no frio
E aquece meu desalinho
Ele,
E recompõe meu sonho
Seu sonho, nosso ninho
Ele,
que tão infinitas vezes
canta baixinho
A canção do amor
Ele
Que fala com calma
Mesmo em meio às guerras de mim
Ele,
que conhece meu brotar
no silêncio do tempo...
e guarda nos olhos o mundo inteiro !
Ele,
Que exatamente por ser assim...
É o grande amor da minha vida
Ele...
Só ele, e fim.
Márcia Poesia de Sá – 29.05.2011