O REI DO NADA
Tem dias quando acordo
Que eu queria ser um rei
Não desses reis com corte e trono
Apenas ser o primeiro em alguma coisa
Ganhar bom dia
Café com frutas frescas
O jornal matinal
Mas nem é sempre que acordo distospo
A abrir os olhos
Então percebo que sou o rei
O rei do nada
Está bem, eu sou assim
Não é um truque, não é um engano
São as palavras que invento
Que são como folhas ao vento
Um esplendido nada
Apenas um homem que caminha
Um solitário em meio as pessoas
Seguindo a onda
Nesse mar de dias que não termina
E não me afunda
Eu quero e vivo uma vida normal
Percebo que não estou procurando nada especial
Eu que não existo,
Não quero morrer em vão
Sou o rei do nada, você está me ouvindo?
Entenda, ás vezes a minha tristeza
Não passa apenas com o seu carinho
De tanto gostar e desgostar
Eu também aprendi a amar
Sou o rei do nada
Vivo entre as pessoas
Mas não conto nada
Sou o rei do nada