Minha Sina
Vagar pelo relevo e curvas
Dessa terra abstrusa, o corpo teu
Escravo de minh'alma petulante e turva
Peregrino sem norte, nem guia
Que se encontrou quando se perdeu
E ainda se perde na tua gamia.
Cultivar guerra em meu peito demente,
Por declarar a todas as mulheres, um amor diminuto
Já que só a ti me dou por completo
Ato que, quisera eu, fosse por todo mútuo.
Escrever em versos modestos
Palavras que pela distância não se pronunciam,
Ou que pela proximidade
Teus volumes, os meus lábios silenciam.
Enfim, assim se faz minha sina
De ser presa, porém predador
Ser poeta, embora humano
De me escravisar ao ser teu senhor
De me odiar, enquanto te amo.
Pelo meu digníssimo poeta e amigo >>Conrado Ribeiro<<