O medo
Se eu não paro em pé, quanto menos voar?
Que farei agora se a ti não puder chegar?
E que farás tu se por acaso eu não for?
Que farás minha vida, que farás meu amor?
Rosto frio, neste corpo estirado ao chão
Amar-te-ia mesmo parado meu coração
E até me pergunto se estou mesmo viva
Ou se morrerei. Se virás mesmo até cá!
Viver sem a ti, meu senhor, causa-me medo,
Morro de desespero quando te querendo
Mas renasço numa esperança tão frustrada
E caules arrancam-me donde fui enterrada
Mas tu podes muito, tu que és folhas de outono
Caia sobre mim e se faça meu colono
Faça-me bem forte que já não mais aguento
O medo de ver meu querido ir com os ventos.
Tatiane Sbrugnara