Chuva Vulcânica do Amor
JORGE LINHAÇA
Caem as cinzas incandescentes
sobre o meu corpo desnudo
cinzas vermelha, ardentes
Do amor até agora mudo
Cobrem-me o corpo, queimam
com brazas de paixão incontida
tento fugir, mas as pernas teimam
em ficar imóveis, aturdidas
Sinto a tua aproximação silente
num misto de ânsia e de medo
Meus olhos faíscam reluzentes
Revelam-te os meus segredos
guardados tão inconscientemente
Entrego-me aos teus brinquedos