Meu poema é nu:

para não enlouquecer, continuarei sonhado.

os mais belos sonhos, de amor e paixão.

mesmo acordado, uso minha imaginação.

para vê-la chegar, seus lábios me ofertando.

sem nada me dizer, silenciosa como um Anjo.

você passeia pelo meus sonhos, ou devaneio.

sempre calada, sem usar, de nenhum rodeio.

me ama, como chegou você sai do meu sonho.

esvai-se como fumaça, pela minha mente.

nada restou, alem de uma imaginação vazia.

sem forças para pensar, minha vida é vadia.

sem inspiração, meu poema é nu simplesmente.

não tem emoção, palavras que nada dizem.

frases interrompidas, que se perdem no tempo.

como poesias inacabadas, que jogadas ao vento.

vão parar no espaço, onde elas se perdem.

iguais a você, vem, entra em minha vida e se vai. desaparecendo na noite como uma miragem.

deixando para traz, uma estranha mensagem.

que você escreve em minha mente, e depois sai.

como se nada do que ouve fosse importante

pois era sonho, quando seus lábios imaginei.

como na hora, que seu corpo, eu abracei.

você se entregou e foi a mais meiga das amantes.

Volnei Rijo Braga;

Balneário dos Prazeres: 23 / 11 / 2006