o menino de pano
O menino de pano
Era num dia frio d’inverno,senão me engano
Quando a esperança viva se fez em incerteza
Nasceu com leve sorriso,o menino de pano!
Sua mãe,deitou lagrimas frescas,com tanta beleza.
AH!Que,o pobre,porem,somente,os olhinhos mexia
Trazendo ao materno peito,tamanho desengano!
Sentira uma dor pungente,naquele triste dia...
Enquanto ,encolhido em si,vivia o menino de pano.
Contudo feito rubra rosa,o amor pleno, floresceu
Desabrochando sua vida em jardim ano após ano...
E a primavera,em cantos e cores de alegria,renasceu
Chorou e falou “mamãe”,em seu jeito a criança de pano!
Ai!que o mais insensível inverno com a morte,chegou.
Num instante em que transbordava em pureza e encanto
O coração batendo forte, de tanta alegria,não suportou
E,de mansinho,aos poucos,adormeceu o menino de pano...
Os.estava eu caminhando,quando vi um pai carregando uma criança com seqüela de paralisia cerebral.o que mais me sensibilizou foi o intenso carinho com que ele tratava seu filho.Imaginei.”os pais,certamente,tem a pré ciência da curta existência daquela criança atônica e exerceram o amor em toda a plenitude,no tempo que restar a aquela criança. “o menino de pano”