Eu, flor solitária
Todos os dias do ano
Beija-me a noite, beija-me o dia
Fico quieta em meu canto
Meu perfume é minha alegria
Vivo á quilômetros do mar
E tão próximo da lua
Sinto os raios de o sol me queimar
Mas minha bela vida continua
As vezes o vento me sacode
Fico presa por um fiasco
Meu desespero quase explode
Quase caio do penhasco
Minha luta é sem parar
Um grande drama, pessimismo
Quiçá deixo o vento me levar
Ou talvez eu pule do abismo
É tão frágil o meu corpo
E uma fortaleza minha alma
Me fere um simples assopro
A fantasia tira minha calma
Ninguém jamais tocou em mim
Sigo feliz mesmo sozinha
E quando chegar meu doloroso fim
Meu amor será minha companhia
E assim vou doando meu perfume
A quem conhece a alegria
Sei que o tempo me consome
Mas me imortalizo em poesia
Deixo assinado meu nome
Para que minha história tenha fim
Antes que o sol me inflame
Assino eu, nobre jasmim