Eu, flor solitária

Todos os dias do ano

Beija-me a noite, beija-me o dia

Fico quieta em meu canto

Meu perfume é minha alegria

Vivo á quilômetros do mar

E tão próximo da lua

Sinto os raios de o sol me queimar

Mas minha bela vida continua

As vezes o vento me sacode

Fico presa por um fiasco

Meu desespero quase explode

Quase caio do penhasco

Minha luta é sem parar

Um grande drama, pessimismo

Quiçá deixo o vento me levar

Ou talvez eu pule do abismo

É tão frágil o meu corpo

E uma fortaleza minha alma

Me fere um simples assopro

A fantasia tira minha calma

Ninguém jamais tocou em mim

Sigo feliz mesmo sozinha

E quando chegar meu doloroso fim

Meu amor será minha companhia

E assim vou doando meu perfume

A quem conhece a alegria

Sei que o tempo me consome

Mas me imortalizo em poesia

Deixo assinado meu nome

Para que minha história tenha fim

Antes que o sol me inflame

Assino eu, nobre jasmim

William Gonçalves
Enviado por William Gonçalves em 03/06/2011
Código do texto: T3012745