Recordações... Na madrugada.
Quero que recordes os versos que um dia te fiz.
Na inocência pueril de um verdadeiro aprendiz.
Certamente que os achaste tolos, eu sei.
Mas nasceram da inspiração que captei.
Tuas mãos a percorrer meu corpo imaginei,
Acariciavas-me, com tua boca sensual.
Em viagens lânguidas perscrutavas o essencial,
Ao estremecer das células em todos os alicerces.
Sussurravas aos meus ouvidos palavras de amor,
Fazias como que movido por ternura avassaladora,
Que de ti ouvi, com delicadeza e sem pudor,
Estava completa e repleta, entregue ao doce furor.
Apalpavas-me com loucura e assim me amavas,
E eu sentia o melhor do êxtase e até delirava.
“Namorar gostoso” foi o nome que dei... Lembravas?
Era uma entrega total e profunda que nos libertava.
Deslizavas em meu corpo numa cadência louca,
que me fez amar cada parte de teu ser
em volúpia jamais esquecida.
Ah! Momentos inebriantes e avassaladores,
Onde sentíamos no mesmo sutil diapasão,
Movidos pela intrépida loucura da paixão.
Beijos molhados, gemidos gozados, corpos nus e
quentes que na madrugada se cobiça e se sente.
Corpos e almas que se amalgamaram intensamente
No ritual fascínio indelével e candente.
São as melhores recordações de quem é capaz,
Clímax que me fez saciada e em lânguida paz.
Duo: Deusa Noturna e Hildebrando Menezes