Insensato coração

Na sala, a mesa ainda posta,

intacta e silenciosa.

As velas jazem entre as flores,

já sem lume, só em crostas.

No quarto, na solidão,

e um livro entreaberto nas mãos.

Denotam a espera inútil.

Ah! Insensato coração!

O veneno da incerteza,

nos lábios mostra o sabor.

Mas eis que a porta se abre,

e se enlouquecem de amor.

E assim entre beijos febris,

sem cobranças ou lamentos.

Os corpos ali se completam,

anulando os pensamentos.

Mais tarde, uma lágrima cai,

e novamente, a desconfiança.

E sem entender o porquê,

No chão descansa a aliança.

Ah! Insensato coração1

Porque não percebes de vez?

Que seu maior inimigo,

É sua própria insensatez?

Vera Agneli
Enviado por Vera Agneli em 03/06/2011
Código do texto: T3012524
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