O BEM E O MAL DO AMOR.



É tarde de inverno, porém, como de ouro brilhando,
Nas vidraças o sol, de puro êxtase, reflexos do mar.
Devoro cada instante de beleza e fantasia. Suspiro,
No peitoril sentada, a brisa principia a me beijar.

Na minha solidão, sonho, lembranças, sentimentos,
Depois de ter de vida e de você ungido o meu coração,
Os dias de outros tempos, com tambor, com música,
Hoje, apenas geme em agonia um antigo refrão.

Choro, e ao mesmo instante estou quase á sorrir,
Por este mal de amor que me consome, me atormenta,
E se faz andar perdida de mim como num deserto,
O bem me dá cuidado, anima a confiança, me sustenta.

SALVADOR. 06//01///10.
DOCE VAL.