Ansiedade por ti, por mim...

Numa ansiedade sem limites,

procuro enfim o limiar do subconsciente.

Ser sem paz de alma!

Singular sem rei nem reinado!

Indolente no pensar...

Cúmplice de amor e ódio...

nascente de luz e calor

onde nem a própria morte

sobrevive à dor finita deste prazer.

Invoco a mim

o poder que me foge por entre os dedos.

Já não me tenho!

Já não tenho nada!

Sou só e apenas uma imagem,

um corpo debruçado sobre um corpo

e a fúria permanente,

o desespero, a inconformidade,

a necessidade de permanecer a teu lado

embrulhada nos teus braços,

enlaçada, perdida no teu olhar...

Como é gostosa essa dependência!

e, mais deliciosa ainda,

é esta vontade insaciável de depender

e este vazio que me preenche...

e esse sorriso que carrego...

e estas saudades que choro...

O choro me venceu!

A lágrima ja caiu!

Já nem esta sustenho...

e choro... Choro... CHORO

de saudade, de impotência

perante mim

diante de ti

perante nós

Os dois juntos!

Eu e eu

separados, unidos e ligados

incandescentes e apagados!

Te quero simplesmente!

Como num sonho em que sonhei!

Te quero hoje mais que nunca!

Sou dona dos céus

pertencem-me os sete mares.

Conheço a Lua e o Sol como as minhas mãos;

o teu corpo é tão somente um pedaço meu

e o cheiro da tua pele não me conta segredos.

Tornei-me dona do mundo!

Perdi-me a mim...

... e ganhei um tesouro ao qual tenho que aprender a dar o devido valor!

Valentina Leemann
Enviado por Valentina Leemann em 01/06/2011
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