PRA QUE O AMOR DÊ CERTO
Há de ser o passo inicial sua desmistificação
Ele não é a redenção e nem tampouco está no mundo para ser clausura
O amor é uma mistura de grades com libertação
Não pode ser a migração do senso ao reles impulso da descompostura!
Sua bagagem aposta em nós trazendo aspectos de algo atemporal
Mas o seu clímax será processual e seu deslanche dará indícios
Amar não é pular em precipícios e nem viver de um ar ocasional
Não é um capítulo com final e nem um vendaval de desperdícios!
Por isso abraçar seu apogeu requer nudez de toda individualidade
O seu monólogo precisa ser dualidade, seu singular precisa ser plural
Seu envelhecimento terá de ser jovial, pra não perder no jogo da idade
Seu chão precisa ser toda verdade e o fogo terá de ser o sal!
No amor vitorioso ninguém domina e nem seu ego ostenta
Ele se reinventa à proporção que o perdão e o compromisso vingam
Orvalhos de paixão respingam no elo que ele sustenta
Guerras e invernos ele enfrenta e seus legados jamais se findam!
"Que me perdoe a racionalidade dos levianos, que não me julgue o pragmatismo dos aventureiros, mas é nesse amor que eu creio"
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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