ALÉM-POENTE

Naquela manhã,

Mesmo pressentindo a má sorte,

Ainda assim

Coloquei-me diante de um novo dia.

O sol, como sempre fazia,

Pôs-se por sobre

A crista das montanhas.

Naquele dia, porém,

Estendeu seus raios

E arrebatou-me dos braços

A minha doce amada.

E, num firme galope,

Transpassou o firmamento

E, com a ajuda dos ventos,

Levou-a para o além-poente.

Todos os dias, em vão,

Prostro-me na aurora de cada manhã

E estendo os olhos no ápice das montanhas

Na esperança que o astro a traga de volta.

Alcino Elias
Enviado por Alcino Elias em 01/06/2011
Reeditado em 06/06/2011
Código do texto: T3006881
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