CARTA DE AMOR
Oh! Por favor, pare!
Não rasgue sem ler
Essa carta que te chega,
Deixe-a falar!
Já que a minha sentença de morte
Sem piedade foi proferida
Por esses lábios que eu tanto beijei
Quando nos meus ouvidos
Vibraram as palavras de despedida.
Já que não posso
Ter você para sempre
No aconchego do meu leito
E o meu peito não pode mais
Ser o ninho para tuas mãos.
Venho nessa carta,
A última que escreverei!
Dizer que ainda te amo!
E que o amor que me queima a alma
Um dia há de se apagar!
Mas, por enquanto,
Não podendo olhar
Dentro dos seus olhos
Sem que corra o risco
De mais uma vez chorar!
Nessas ultimas linhas
Desejo que seja feliz!
Mesmo que eu
Não possa ser jamais.