Calor do amor II
Friozinho e pudesse eu ter
O calor do teu abraço
Teria o sangue a ferver
O corpo a arder no espaço.
Debaixo do cobertor
No ninho desarrumado
Fogueira do nosso amor
Pela noite incendiado.
Anja Peralta
Pudesse eu voltaria
Agora, neste instante
Mas não posso neste dia:
Sou caixeiro viajante!
Vou vendendo minha muamba
Povoado ou vilarejo
Parto em ritmo de samba
E na volta sertanejo!
Nesta casa vendo um sonho
Nesta outra, emoção
Ao Peão que está tristonho
Vou levando diversão.
Pra mulher que me espera
Vou levando a ilusão
A minha saudade sincera
E todo meu coração !!!
Romeo Montecchio*
E assim, fico a sonhar
Com meu Romeo, que distante
Fica a perambular
Vivendo esta vida errante.
Quando bate a saudade
Sempre bate à minha porta
Demora tempo, é verdade
Mas ele ainda se importa.
Sabe achar amor sincero
E calor em nosso ninho
Sabe que sempre o espero
Sempre brindamos com vinho.
Anja Peralta
O bom amigo Yamânu
Além de poeta é vidente
Sabe interpretar o que sinto
Quando de ti estou ausente!
Na estrada em peripécias
Se passa bastante apuro
Toda nau que está a deriva
Sempre tem um porto seguro!
O meu porto são teus braços
Teu amor quase divino
Pra relaxar aquele vinho
E digo adeus ao cansaço!!!
Romeo Montecchio*
Yamânu é bom amigo
Sempre torce por nós dois
No que diz, nunca o ambiguo
Tem controle com seus bois.
Vidente não sei se é
Nem sei se usa tridente
Sei que sob o seu boné
Existe alguém muito gente
Firme, caro, companheiro
Diz o que pensa sem medo
Invejável é seu tinteiro
Nunca vi nem arremedo.
Sua amizade é presente
Sua visita é poesia
E sendo amigo da gente
Saiba de nossa alegria.