SOLIDÃO A DOIS...

Quando dois que se gostam

assentam-se na varanda;

e o silêncio, indelicado,

senta-se ao lado...

Coitados!

Cansado,

foge-se

o amor.

É como se a varanda, antes enorme,

agora não coubesse mais o casal;

ficam mudos, perdidos,

só o silêncio balbucia...

Enlouquecidos!

Entristecidos,

não são mais

parceiros.

A noite chega e os olhares se enegrecem.

É como se somente a ela pertencessem;

ficam distraídos e peregrinam-se

soltos na imensidão da noite.

Tudo agora significa

autoflagelação;

tudo fica sem

gosto e sal...

Aquilo que de forte parecia um sol,

hoje se contorce buscando vida;

percebem que se consumirá,

exaurir-se-á como a noite.

É amor que ficou frio...

Ninguém teve dolo.

Coisas da vida,

tudo acaba!

Acabou.

Ponto

final.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 31/05/2011
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