PONTO FINAL.

Quando dois que se gostam

assentam-se na varanda;

e o silêncio, indelicado,

senta-se ao lado...

Coitados!

cansado,

foge-se

o amor.

É como se a varanda, antes enorme,

agora não coubesse mais o casal;

ficam mudos, perdidos,

só o silêncio balbucia...

Enlouquecidos!

Entristecidos,

não são mais

parceiros.

A noite chega e os olhares se enegrecem,

é como se a ela pertencessem;

ficam distantes, peregrinam,

perdem-se na escuridão...

Tudo agora parece

autoflagelação;

tudo tem gosto

de nada.

Aquilo que de forte parecia um sol,

hoje se contorce buscando vida;

percebe que se consumirá,

exaurir-se-á como a noite.

É amor que ficou frio...

Ninguém teve dolo.

Coisas da vida,

tudo acaba!

Acabou.

Ponto

final.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 30/05/2011
Reeditado em 30/05/2011
Código do texto: T3004054
Classificação de conteúdo: seguro