Confabulando

A bruxa malvada da aventura te enfeitiçou,

então, “dormistes” a esperar por um beijo;

já que príncipe ante os teus olhos não sou,

as voltas com meus “sete anões” me vejo;

“Atchim,” é um resfriado crônico,

que me acompanha por onde for;

é uma conseqüência necessária,

por me ver privado do teu calor;

“Soneca” desafina, é uma ironia,

qualquer adejar, me põe alerta;

aumentando essa vasta agonia,

já que “Branca” nunca desperta;

“Dunga”, o menor dos diminutos,

também tem sua vez, sua deixa;

podado do som abdica à mímica,

esse mutismo deve ser a queixa;

“Dengoso” lacrimeja depressivo,

manipulando pela sua carência;

recusa um roteiro, alternativo,

cultiva o vício da dependência;

“Zangado” arde chutando balde,

mui indiferente ao que derrama;

reles seixo dá para gerar faísca,

com qualquer cisco ele inflama;

“Feliz”, quando? só uma utopia,

o anuro sonhando virar nobre;

mas, o espelho quebra a magia,

e seu pranto, a face lhe cobre;

“Mestre” empresta do tempo,

sua experiência mui desejável;

ensinando com o rico exemplo,

o saber de aceitar o inevitável;

Fabulosa sina que sorte ingrata,

prendendo à tosca perspectiva;

sete mineiros escavando prata,

porém, u’a mina de ouro inativa…