As verdades, todas elas.

(Texto por mim redigido num sábado, 13 de novembro de 2010, às 23:52:05).

Ganhei um presente!

Neste exato momento, como também bem feito e exposto claramente sempre e sempre, eu o abro.

Ora, eu o ganhei! Tenho total direito e gozo de utilização sobre a coisa alçada.

Se eu, abençoado e fadado em felicidade, para alegre ser, pra Deus lá existente, o ganhei, porque motivo outro inseguro e incontroverso, contesto-me?

Ganhei um presente!

Abro-o camada, por camada. Estrato por estrato.

Desenvolvo uma felicidade grandiosa e sincera (como à espreita nunca senti), a cada pequeno tacho - por cada pequena fita de papel - que desenrolo.

Não merece crédito. É inacreditável o intenso e não findo colorido no qual insurge - pende - meu corpo e mente cada vez que Cartolina, a descubro. Girondina, Aná-fase - metáfase - tanto fez.

Mas choro de alegria, êxtase, sintética emoção.

Encontrei alguém capaz de me transformar no melhor que posso ser.

Eu que dizia saber julgar o errado do certo, o certo do complicado, do errado, por estes textos e entrelinhas sou por ela considerado duvidoso, errôneo, mentiroso.

Aloca-se a pequena garota - cujo excelso e soberano brilho, olhar ostenta - numa posição de dúvida e incerteza quanto a mim, com grandiosa arte de preconceituar-me por fotos e roupas. Palavras, gestos. E não atitudes.

Preciso tanto que ela saiba que meu anseio maior é por ela.

Preciso tanto que ela entenda que eu já passei por muitas coisas e que a escolhi para me transformar num homem, para largar uma natureza não natural de garoto indeciso e a ela se dedicar. Preciso tanto que logo compreenda que já sei o que é insegurança e o que é ego inibido, retido, apertado, pra que veja, sem confusão, que sou maturo o suficiente para dizer que o que sinto por ela não é apenas "conquista".

Apressa-te. Mas não corra, não atropele. Corre mas desacelere, Alexandre.

Nestes autos da corrida, meu coração já não sabe se avança para a quarta, ou se volve à segunda - já que me sinto um terceiro. Na marcha terceira.

É que coração apertado, hoje, exatamente, conta com 154 dias que propensou por você - já que com muito carinho guardo, até hoje, aquela conversa do dia 10 de dezembro de 2009, cuja súmula não-vinculante fora o principal objeto.

Que tal comigo fazer o mesmo? Me descubra, proponha-te ao eufemismo mais hiperbólico!

Me resguardo e me inclino fielmente às não aparências e aguardo uma atitude por sua parte.

Mas será que não é você aquilo o que eu penso? Não faz mal. Eu quero você, como eu quero...

Estou fraco, cansado - vez que sou só eu quem falo, que promovo a verdade entre nós!

Caso a sua verdade seja contrária à minha, suba num palanque e me ensine. Amor reprimido é amor multiplicado, você sabe e eu também sei.

Me ajude! Não estou sofrendo mas ansioso aguardo Calourina.

Estou aflito, certo do que é. Só que não quero que isso acabe, pois certamente é fogo e de sua lenha preciso.

Volto-me a falar do presente!

Não só do presente momento, como do presente que para ti me tornei - já que a beleza disso é tamanha, a ponto de me fazer acreditar num maravilhoso Deus.

Dessa vez reitero que precioso se faz tu largar essa posição estanque e pelo menos retirar uma só camada minha, pois agora eu sou o presente, daquilo que não é inerte mas reluta-se a cada instante: a minha secreta postura de homem, que cresce por ti.

Isto tudo, porque você pode se arrepender e descobrir no dia do teu tabernáculo emocional - que será o dia em que tiver a coragem de assumir as coisas que sente e escancarar as portas de um coração sem razão - que eu era o cara certo e preparado - tão somente no momento errado.

Perto de tudo que já senti e sinto, hoje sei que te amo.

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 29/05/2011
Reeditado em 29/05/2011
Código do texto: T3001711
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