Amor e Emoção...Unchained Melody !
Emoção em dose dupla...Unchained Melody !
Como eu preciso ser o teu amor... !!!
como é longe esta fronteira donde acena teu sorrir...
como mascaro os meus dias sem nada impor
pelo simples e forte motivo de limitar-me ao antes
ao teu inteiro dispor...
negando o fraco, expulsando tamanha dor...
mas como faço agora sem o tempo que me sobra
desde o momento que se vai...com a luz da manhã
dentro de mim, um amor sem ao menos me tocar
mesmo assim me encontro a te amar
quando traz-te a mim em silencioso clamor.
Que ave é essa que conhece os meus enredos
mesmo aqueles que de mim escapam...em vãos degredos,
neste campo piso cautelosa e silente
neste sitio me comporto mal pra meu coração carente
neste vão assombram-me as sombras que sobram
de tantos laços sem os nós que nos enlaçam ...
e cá ficamos sós...e eu, só...com lágrimas a banhar a solidão
como lembrar que a maturidade não anula as lembranças
não sei o que faço com faltas tantas que se assemelham
a centelhas desesperadas do eu mais velho,
que em ira se imerge em triste agonia
e sem descanso agora brada, chora,
E nem assim se alivia.
Como esconder-me do teu sentir
quando, buscando-me a sorrir
encontra a velha tristeza do abandono tão sutil
se atrapalha com soluços e lágrimas a lavar-me a voz
e traz agora teu silencio, meu menino
e sem palavras ... amante seguro e servil
enche meu ser em longo e belo assobio
a nossa amada unchained melody, entoa
a despedida do outro tão amado pássaro canoro
e eu sorrio como Elvis outrora... também sorriu !
’’My darling ... My darling...’’
é um doce murmúrio ao meu ouvido !!!
tuas caricias sabem-se tão minhas
abraça-me em elo desde a inteira manhã
teu sentido vê-me entregue aquele velho divã
de novo chama...clama no anonimato meio dia
e sempre ...sempre se faz em revelia...
caça o melhor tempo de a pulso buscar o elo
em harmonia fere o mal que nem entende e suplica
o assobio que sereno atravessa a alma, se multiplica
e lá se vai após, lançar no meu peito a tua calma
nesta mulher que, sem saber, colheu a alma.
Celia Matos
29/05/2011